Ano novo, governo novo, novas expectativas para o país no campo econômico.
2023 iniciou e já tivemos dias agitados nessa primeira semana. No cenário local, as atenções se voltaram ao campo político com a posse do novo presidente e seus ministros, aqueles que irão chefiar o poder executivo pelos próximos 4 anos.
E como era de se esperar, o nome que direcionou os negócios nesse ano novo foi a odiada por uns e amada por outros, volatilidade. Após um 2022 com entrada de mais de R$ 100 bilhões de fluxo estrangeiro na bolsa brasileira, 2023 nos trouxe por enquanto uma saída de capital de quase R$ 500 milhões, um valor considerável uma vez que na primeira semana de 2022 tivemos uma entrada de capital na ordem de R$ 3,7 bilhões.
Nos primeiros 2 dias úteis do ano, a bolsa caiu 5% enquanto o dólar disparou sendo cotado a quase R$ 5,48 em sua máxima, refletindo o primeiros anúncios e especulações do novo governo, nos dias posteriores as coisas se acalmaram e fizeram com que o dólar voltasse para a casa dos R$ 5,28 e a bolsa se recuperasse e fechasse a semana com queda de apenas 0,60%.
Esses dados e a ordem dos seus acontecimentos nos mostra que o principal indicador nessa primeira semana foi justamente a volatilidade, que embasada por notícias políticas, chamou a atenção de muitos investidores locais.
No campo internacional, as atenções se voltaram para a reabertura da economia chinesa, que após dezenas de meses com o governo utilizando a política de COVID zero para combater a disseminação da doença, voltou a respirar aliviada após a mudança nas restrições. A China como 2º maior economia do planeta, reflete e muito nas cotações de petróleo, minério de ferro, trigo, e é claro nas cotações das moedas. Já nos Estados Unidos a volta do feriado de ano novo foi tranquila e os investidores aguardam os dados de inflação para entender os próximos passos do FED (Banco Central Americano) na subida de juros.
O fluxo estrangeiro na B3 será pautado ao menos nas primeiras semanas de janeiro, antes de divulgação de dados econômicos e medidas efetivas na área, pelas notícias e especulações políticas que mexem com o mercado financeiro. E como todo início de ano é época de fazer planos e previsões, deixamos no ar qual será o apetite do investidor estrangeiro à ativos brasileiros nesse 2023? A resposta só o tempo, a política e a economia brasileira nos dirá.