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O QUE É CDB?

Essa semana vamos falar de um dos ativos de renda fixa mais populares do mercado financeiro brasileiro. O CDB é um ativo que oferece alta segurança, rentabilidade competitiva e diversas opções de liquidez. Costuma ser uma das portas de entrada no mercado financeiro para muitos investidores, e compõe parte relevante da maioria dos que possuem uma carteira com perfil mais conservador ou moderado.

O CDB – Certificado de Depósito Bancário – é um título, como o próprio nome diz, emitido por instituições financeiras. É uma forma dos bancos obterem financiamento para suas operações. A instituição que busca esse financiamento emite o título, que é distribuído no mercado de varejo para diversos investidores. Se as condições parecem atrativas para o investidor, ele compra o título, e o dinheiro entra para o caixa do banco, que passa a ter uma dívida com o investidor.

Com o dinheiro, o banco realiza operações que tem um retorno esperado maior que o custo do CDB. No momento do vencimento do título, o que pode acontecer desde alguns dias até alguns anos depois de sua emissão, o banco paga ao investidor o capital emprestado mais os juros. O que sobra entre esse custo da dívida e a receita que o banco teve é o lucro da operação.

Uma das características mais interessantes dos CDBs é a garantia do FGC. O Fundo Garantidor de Crédito é uma instituição privada, financiada pelas próprias instituições financeiras, que em caso de falência ou insolvência da instituição emissora, ressarce o investidor no valor investido mais o rendimento acumulado até o momento da quebra da instituição financeira. O FGC garante até 250 mil reais por CPF por instituição financeira, então para a grande maioria dos investidores é mais do que suficiente para garantir a totalidade do patrimônio investido em renda fixa.

Tendo a garantia da própria instituição emissora, mais a do FGC, o CDB oferece uma alta segurança, de modo que se torna interessante até para investidores com perfil mais conservador. Além disso, possui prazos variáveis. Os mais comuns são de 1 ou 2 anos, mas vemos com frequência CDBs de 8 ou 9 anos por exemplo. De maneira geral, as taxas costumam ser mais interessante quanto maior o prazo e quanto pior a nota de crédito da instituição emissora. Como qualquer investimento, rentabilidade maior está atrelada a risco maior e/ou liquidez menor.

O tipo de rentabilidade pode ser dividida da maneira geral que já estamos acostumados: prefixada e pós-fixada, sendo que a pós engloba CDI e IPCA. Muitos investidores que compram CDBs também se interessam por títulos públicos, mas costuma existir um prêmio (diferença de retorno), de moda que a rentabilidade é um pouco maior do que nos títulos públicos, o que atrai também os investidores.

Em termos fiscais, sobre a rentabilidade dos CDBs incidem IOF e imposto de renda, sendo o IR pago de acordo com a tabela regressiva comum à toda renda fixa. Dessa forma, o mínimo que se paga são os 15% após 2 anos.

De maneira geral, os CDBs são um ótimo ativo para ter na parte de renda fixa da carteira, contanto que o investidor não necessite de altíssima liquidez. Em termos de rentabilidade, entrega um retorno interessante, principalmente em momentos como o que vivemos agora, de altas taxas de juros.

Esse texto foi publicado pelo blog CDI – Conselho dos Investidores. Caso tenha interesse em aprender mais sobre investimentos, falar sobre o mercado, e investir melhor, entre em contato com a gente através do nosso Instagram @conselhodosinvestidores, ou pelo nosso site.

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