Nesta semana, tivemos nos EUA a compra do Silicon Valley Bank pelo First Citizens Bank, após a quebra do primeiro, números da inflação nos EUA e Alemanha e desmembramento do Alibaba na China. No Brasil, divulgação da ata do Copom, novo arcabouço fiscal e taxa de desemprego.
No domingo (26), o First Citizens Bank, um grande banco regional americano, fechou acordo para compra do Silicon Valley Bank (SVB), após a quebra da instituição há duas semanas. A transação envolve a venda de US$ 119 bilhões em depósitos e cerca de US$ 72 bilhões em empréstimos do SVB, com desconto de US$ 16,5 bilhões.
Na terça-feira (28), o Alibaba, um dos maiores conglomerados empresariais da China, informou que planeja se dividir em 6 empresas diferentes, marcando a maior reestruturação em seus 24 anos de história. O movimento foi visto como um sinal de que a repressão regulatória de Pequim sobre as empresas está diminuindo, o que impulsionou o mercado de ações chinês.
O Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central), divulgou na quarta-feira (29) a ata da reunião da semana passada, quando decidiu manter os juros em 13,75%. O Comitê ressaltou que os juros vão continuar altos no mundo por algum tempo por conta da inflação persistente, que as expectativas hoje influenciam a inflação amanhã, que o novo arcabouço fiscal pode facilitar a queda da inflação se for crível e sólido, e que incertezas justificam a decisão de manter os juros altos.
A proposta do novo arcabouço fiscal foi apresentada ontem, quinta-feira (30), pelo ministro da Fazenda Fernando Haddad, e pela ministra do Planejamento, Simone Tebet, em coletiva de imprensa e em reunião fechado com parlamentares. O principal ponto da proposta é a criação de um limite de crescimento dos gastos do governo em 70% do crescimento da receita primária dos últimos 12 meses, fechados em julho. Há um piso e um teto para o crescimento da despesa, que ficará entre 0,6% e 2,5%, independente da receita. Também foram divulgadas as metas de resultado fiscal, com -0,5% em 2023, 0% em 2024, +0,5% em 2025, e +1% em 2026.
A inflação na Alemanha foi divulgada na quinta-feira (30), e teve alta de 7,4% na base anual, acima do consenso, que era de 7,2%. Em relação ao mês passado, houve uma desaceleração, quando o valor havia ficado em 8,7%. Já nesta sexta-feira (31), foi divulgado o PCE (núcleo de inflação nos EUA) , que subiu 0,3% em fevereiro ante janeiro, e 4,6% na comparação anual. O consenso era de alta mensal de 0,4% e anual de 4,7%, portanto o resultado veio abaixo das expectativas.
Nesta sexta-feira (31), foi divulgado pelo IBGE a PNAD Contínua, que mede entre outros dados, a taxa de desemprego, que ficou em 8,6% no trimestre terminado em fevereiro. Houve um aumento em relação ao mês passado, quando a taxa havia ficado em 8,4%. Em relação aos 11,2% registrados no mesmo período do ano passado, houve uma queda. Este é o melhor resultado para o trimestre desde 2015.
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