O destaque da semana passada ficou para a redução da liquidez global em meio a feriado de ação de graças e Black Friday nos Estados Unidos, além do início de copa do mundo que divide as atenções daqueles que operam e gostam de esporte.
Além de uma menor liquidez devido aos feriados americanos, os investidores seguiram observando os desdobramentos da PEC de transição e sinais dos novos ministros, em especial, o da economia.
As incertezas políticas seguem pressionando a saída de capital estrangeiro, embora podemos observar que diante deste cenário os investidores têm sido mais intolerantes ao noticiário e consequentemente temos uma bolsa local volátil nas últimas semanas.
Segunda a B3, entre os dias 21 e 25 de novembro, tivemos uma saída de capital estrangeiro na casa dos 174,08 milhões de reais. Com o dólar cotado a R$ 5,41 na última sexta feira (25/11). No acumulado do mês temos agora uma entrada de fluxo estrangeiro de 100,25 milhões de reais, ante a semana anterior que tínhamos uma entrada acumulada de 253 milhões de reais. No ano o acumulado até dia 25 tivemos uma entrada de 82,3 bilhões de reais, que chegou a bater uma máxima de 86,5 bilhões no início deste mês.
Diante da continuidade de fuga do capital estrangeiro em nosso país o dólar frente ao real subiu 0,5% na semana passada e acumula alta de 4,3% aos R$ 5,41 (25/11). Já o Ibovespa fechou em alta marginal de 0,1% na última semana e no mês o acumula quedas de 6% aos 108.976 pontos. Esse clima de dólar pressionado devido a saída do capital estrangeiro o que reflete em um mercado acionário mais emperrado não vai passar até que os trâmites do governo de transição sejam enfim concluídos, portanto, os investidores seguem cautelosos com o cenário político local para que seja definida uma tendência para o câmbio, juros futuros e bolsa brasileira.