No âmbito nacional, a semana passada foi marcada por uma agenda vazia sem grandes impactos no câmbio, no qual o mercado local foi acompanhando dia a dia o noticiário e a agenda internacional. Vale ressaltar que Lula visitou alguns países vizinhos como a Argentina e o Uruguai para estabelecer uma relação mais próxima e retomar o plano que tinha no governo Lula 2. Sendo os principais tópicos com a Argentina a criação de uma moeda para transações comerciais entre os dois países, e com o Uruguai uma tentativa de retomar o relacionamento do Mercosul, propondo algo mais atual sem entrar em detalhes.
Já no âmbito internacional, tivemos uma semana cheia de indicadores econômicos, temporada de resultados corporativos e marcada principalmente pelo descompasso entre os preços praticados pelo mercado e os comunicados do FED, banco central americano. Cada vez mais os investidores buscam acreditar que a inflação vem arrefecendo e as empresas conseguindo navegar meio a um cenário de inflação alta e aperto monetário, portanto, abriria espaço para diminuir o ritmo do aperto monetário aliviando as empresas e por consequência os mercados acionários. Já o FED diz ser cedo demais para cantar vitória sobre a inflação e tem sido duro nos comunicados, ressaltando que continuarão a subir juros em meio a pressão de preços ainda em andamento e um mercado de trabalho resiliente.
Diante de uma semana carregada de resultados corporativos em especial dos grandes bancos americanos e por outro lado o feriado de ano novo lunar da China, o saldo de dólar no país foi marginalmente negativo mesmo com a maciça entrada de capital estrangeiro na bolsa brasileira, corroborando para muita volatilidade intradiária para o índice Bovespa.
Segundo a B3, entre os dias 23 e 27/01, houve entrada de 4,42 bilhões de reais ante a entrada de 3,50 bilhões na semana anterior. Essa relevante entrada de capital corroborou para a forte queda do dólar – que recuou 2% frente ao real, cotado a U$S 5,10 na última sexta-feira (27/01). Apesar da expressiva entrada de capital estrangeiro na bolsa brasileira, o índice Bovespa fechou a semana em alta de 0,25%, aos 112.316 pontos e muita volatilidade durante a semana.
No acumulado do ano, houve entrada de fluxo estrangeiro de 10,9 bilhões de reais para a bolsa local frente ao acumulado de 6,48 bilhões de reais até a semana passada.
Para esta semana, os investidores aguardam ansiosamente para as decisões de políticas monetárias ao redor do globo com decisão de juros nas principais praças que certamente trará volatilidade para o câmbio em especial o dólar. Além da continuidade da temporada de balanços corporativos nos EUA com destaque para as BIG Techs.
