O destaque da semana passada ficou para a queda do dólar frente ao real mesmo com o noticiário político ainda em pauta, o que vem estressando a curva de juros futuros de curto prazo, e por consequência afeta negativamente os ativos de renda variável que continuam derrapando entre fortes variações intradiárias, ou seja, muitos rumores e volatilidade em pauta.
Nesta última semana de novembro, diferente das semanas anteriores, tivemos uma forte entrada de capital estrangeiro em especial na última sexta feira (02/12) quando tivemos uma entrada de 1,58 bilhões de reais na bolsa brasileira, mesmo assim, uma alta residual do dólar como correção técnica da queda durante toda a semana.
Segundo a B3, entre os dias 28/11 e 02/12, tivemos uma entrada de 4,72 bilhões de reais (R$ 4.719.525.000,00) na bolsa de valores. Essa entrada significativa de capital estrangeiro, em meio às incertezas político econômicas, pode ser explicada em partes pela reabertura chinesa, ou pelo menos, flexibilização das medidas contra covid vindos da China, o que favoreceu o mercado de commodities incluindo o Brasil. Com isso o dólar recuou 3,25% na última semana cotado a R$ 5,21 na última sexta feira (02/12).
No acumulado do mês de novembro tivemos uma entrada de fluxo estrangeiro de 2,74 bilhões de reais, bem acima da semana anterior que estava na casa de 100 milhões de reais. No ano o acumulado até dia 02/12 tivemos uma entrada de 86,9 bilhões de reais, ultrapassando a máxima de 86,5 bilhões de reais no início do mês de novembro.
Com uma queda de 3,25% do dólar frente ao real o Ibovespa fechou em alta de 2,7% aos 111.923 pontos. Diante deste cenário o dólar vai refletir em especial a votação da PEC de transição e as possíveis nomeações dos novos ministros. Uma possível desidratação da PEC, e por um tempo menor seria benéfico para a política fiscal brasileira que levaria a mais entrada de capital estrangeiro e por consequência o enfraquecimento do dólar.