Na semana passada falamos sobre renda variável, e um dos ativos financeiros mais interessantes e que tem feito muito sucesso entre os investidores brasileiros são os fundos imobiliários. Estes ativos misturam características de ações, imóveis e fundos, contam com isenção de imposto, e geram renda mensal.
Os Fundos de Investimento Imobiliário – FIIs – são fundos de investimento fechados, negociados em bolsa, que investem exclusivamente em ativos ligados ao setor imobiliário. Como qualquer fundo, funcionam como um condomínio de cotistas, pessoas que juntam seu patrimônio para investir conjuntamente, e delegam a gestão desses investimentos a uma equipe profissional.
Os cotistas são os donos do fundo, e o poder de voto de cada um é proporcional à quantidade de cotas possuídas. O time de gestão contratado pelo fundo em geral é especializado em gerir fundos imobiliários, e recebe por isso. Para pagá-lo, é cobrada uma taxa de administração que incide sobre o patrimônio do fundo. Se a gestão não for satisfatória, os cotistas podem demitir a equipe e contratar outra.
A atividade do fundo consiste em comprar imóveis, ou renda fixa imobiliária, e administrar esses ativos, buscando gerar o melhor retorno para os cotistas. Ao comprar uma carteira de imóveis, e locá-los, o fundo começa a gerar um fluxo de renda mensal, que é distribuído aos cotistas na forma de proventos.
Os FIIs são divididos em dois grandes grupos, os FIIs de tijolo e os de papel. Os fundos de tijolo são aqueles em que o fundo investe diretamente na compra de imóveis físicos, e aluga esses espaços para outras empresas. Os fundos de papel, por sua vez, não comprar imóveis, mas apenas títulos de crédito ligados ao mercado imobiliário, como CRIs e LCIs, por exemplo. Um fundo pode também investir em outros fundos, e nesse caso é chamado de FOF – Fund of Funds (Fundo de Fundos).Por fim, um fundo pode ter uma carteira híbrida, que mistura esses tipos de ativo.
Entre os fundos de tijolo, também existe uma setorização. Alguns fundos se especializam apenas em comprar e administrar shopping centers. Outros, em imóveis logísticos, como aqueles grandes galpões que vemos na beira de grandes rodovias. Também existem aqueles que compram prédios de escritórios comerciais, lojas de rua, supermercados, escolas e hospitais. Alguns fundos também são de desenvolvimento, ou seja, compram terrenos, constroem e vendem os imóveis, como uma construtora, mas com estrutura de fundo imobiliário.
Como opção de investimento, os FIIs tendem a ser mais interessantes que os imóveis físicos, por uma série de motivos. Faremos essa comparação na semana que vem, onde dedicaremos o artigo a explicar os pontos positivos e negativos de cada opção, inclusive entrando nos detalhes de liquidez, risco e rotorno desses investimentos.
Esse texto foi publicado pelo blog CDI – Conselho dos Investidores. Caso tenha interesse em aprender mais sobre investimentos, falar sobre o mercado, e investir melhor, entre em contato com a gente através do nosso Instagram @conselhodosinvestidores, ou pelo nosso site.
