Nessa primeira semana do ano, tivemos o início do novo governo. Por conta disso, o foco do resumo desta semana são as primeiras ações, acontecimentos e medidas que envolvem o poder executivo federal. Tivemos ainda no domingo a posse de Lula, seguida pelos primeiros atos do governo, inclusive a posse dos 37 ministros indicados pelo presidente. As cerimônias de posse, porém, ocorreram ao longo da semana e hoje está sendo realizada a primeira reunião ministerial. Na China, dados negativos da atividade industrial e nos EUA, ata do Fed não indica alívio nos juros no curto prazo.
No domingo (1) aconteceu a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva. Durante o evento, reforçou que a redução das desigualdades será uma de suas principais plataformas. Também lembrou de políticas implementadas nos seus dois mandatos anteriores. Em termos de política econômica, disse que serão retomados o Minha Casa, Minha Vida, um novo PAC, e que as estatais terão um papel fundamental. Por fim, repetiu mais uma vez as críticas sobre o teto de gastos, e disse que revogará esta lei.
Ainda no domingo (1), Lula assinou os primeiros atos de governo. Os principais foram: recriação do Bolsa Família de R$ 600, desoneração dos combustíveis por 60 dias, nova política do controle de armas, retirada dos estudos sobre privatização de diversas estatais e decretos que tratam do meio ambiente.
Durante a semana tomaram posse vários dos ministros indicados por Lula. Na verdade a posse de todos os ministros foi assinada já no dia 1, e durante a semana foram apenas as cerimônias. Na quarta-feira (4), aconteceram as posses de Geraldo Alckmin, indicado para o MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio), e de Marina Silva, indicada para a pasta do Meio Ambiente. Na quinta-feira (5), foi a vez de Simone Tebet, que assume o Ministério do Planejamento. Ao todo serão 37 ministérios, e Lula marcou para hoje (6) a primeira reunião ministerial, para já aparar as primeiras arestas e dar um ar de que já se começou a trabalhar.
Na terça-feira (3) foram divulgados dados do índice de gerentes de compras (PMI) de Caixin de manufatura da China. O índice caiu para 49,0 em dezembro, ante 49,4 em novembro. Abaixo de 50,0 significa contração da atividade. A queda em parte é explicada por ondas de infecções de Covid após as flexibilizações da política do Covid Zero, que interromperam negócios e prejudicaram a demanda. Os dados vão na mesma direção que o PMI Industrial oficial da China, que caiu para 47,0 em dezembro, menor nível desde fevereiro de 2020. Em ata divulgada na quarta-feira (4), as autoridades do Fed (Banco Central dos EUA) reiteraram seu compromisso com o combate à inflação e afirmaram que o fato de reduzirem o ritmo das altas não significa que irão diminuir o esforço para controlar a subida dos preços. Não há previsão de cortes de juros ainda em 2023, e que ainda devem ocorrer altas nos juros nas próximas reuniões, já que a inflação continua alta.
