Essa semana, tivemos prévia da inflação brasileira, reunião sobre reforma tributária, abertura de CPIs na Câmara, PIB dos EUA no primeiro trimestre de 2023 e Campos Neto em debate no Senado.
Na quarta-feira (26), foi divulgado o IPCA-15, que serve como prévia da inflação oficial, o IPCA (este medido nos 30 dias fechados do mês). O indicador ficou em 0,57% em abril, apresentando redução em relação ao mês anterior, quando marcou 0,69%. Em 12 meses, o índice acumula 4,16%, primeira vez que fica abaixo dos 5% desde fevereiro de 2021, e bem abaixo dos 5,36% do mês passado. O resultado veio abaixo das expectativas do mercado, que eram de 0,61% para o valor mensal.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, teve reunião com o Grupo de Trabalho da Reforma Tributária na quarta-feira (26). Um dos pontos discutidos na reunião, de acordo com Haddad, foi o calendário, e a ideia é que o relatório seja apresentado por Aguinaldo Ribeiro em 16 de maio (como ele mesmo disse anteriormente) e que a votação do texto ocorra ainda no primeiro semestre. A reforma tributária é essencial para destravar o crescimento no País.
Na noite de quarta-feira (26), o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), leu os requerimentos e deu início aos trâmites para instauração de três CPIs (Comissão Parlamentar de Inquérito): CPI do MST, das Lojas Americanas, e da manipulação de partidas de futebol. Além dessas, já está em andamento a CPI dos atos terroristas de 8 de janeiro. Das quatro, duas, a do MST e dos atos terroristas, podem causar grandes problemas de imagem e administrativos para o governo.
O Poduto Interno Bruto (PIB) dos EUA, no primeiro trimestre, foi divulgado na quinta-feira (27), e apresentou um crescimento de 1,1% anualizado, bem abaixo da expectativa do mercado, de 2%. No trimestre anterior, o resultado havia ficado em 2,6%. A renda pessoal disponível cresceu 8% em termos reais, e a taxa de poupança pessoal ficou em 4,8%. Resta ver se esse crescimento abaixo do esperado vai refletir na inflação e possibilitar em encurtamento do ciclo de alta de juros.
Na quinta-feira (27), o presidente do Senado, Roberto Campos Neto, participou de debate sobre juros em comissão no Senado. Campos Neto reconheceu o esforço que o governo tem feito para ajustar a política fiscal, reforçou a importância do bom funcionamento do tripé macroeconômico, lembrou que reformas estruturantes foram historicamente seguidas por reduções nos juros, e disse que é preciso credibilidade para pode baixar a taxa de juros.
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